O grito de muitos seres humanos ignorados ou ridicularizados por suas diferenças não pode ser ignorado ou empurrado para gavetas em projetos distantes. Os educadores da escola assumiram seu papel formador e criaram o projeto que culminou, depois de muitas horas de estudo e trabalho, em uma série de eventos na escola.
Cerca de trezentos estudantes da escola assistiram às mesas redondas que contaram com diferentes convidados: representantes da comunidade de três religiões distintas, um advogado, um professor, uma professora deficiente visual, um hippie e uma fisioterapeuta. O pátio da escola ficou lotado e em silêncio para ouvir as falas de convidados que representam identidades sociais diversas e lutas por direitos. Dúvidas apareceram e diálogos aconteceram. Diálogos que dificilmente teriam sido possíveis aos alunos se não fosse pela iniciativa da escola.
A ideia para o evento surgiu durante o planejamento em fevereiro e partiu do professor Fernando Calderan (Bollo), que contou sobre experiência realizada em outra escola, o João Guidotti. Por lá, o evento ganhou três edições. No Gallo, a equipe escolar adotou a ideia, que foi encabeçado pelos professores da área de Ciências Humanas.
Com a sensação de dever cumprido, os educadores da PEI Mons. Jerônimo Gallo – não apenas a área de humanidades – criaram algo que vai muito além da prática escolar: assumem compromisso social de combate ao preconceito e em favor da diversidade.